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sexta-feira, maio 21, 2004



Sou jibóia engolindo as palavras
já não sou plena de brilhantismo
a meu ver nunca fui, nem me gostei de ler
vomito coisas sem sentido, tórridas e aborrecidas
penso em desistir de vos dizer aqui
mas não sei





Estou
Sem ter de ti
o explícito querer
de uma face gravada na memória
de uns abraços há muito não sentidos
de uma mão no meu sorriso
de um corpo quente no meu
de um desejo insatisfeito, teu
de um sono adiado
Chegar-te-ão estas saudades?
chegar-te-á saber um querer sem fim?



quinta-feira, maio 20, 2004


The end

 



Sou o monstro que se alimenta de amores feridos
onde a felicidade não encontra lugar
não há à vista ninguém onde todos são perdidos
não há vítimas, nem penas, a mágoa é prepotente
Sou dona de uma voraz vontade de tudo fugir
respiro-me sem receio do abandono
vivo a vida pelos outros e nunca para outros
regozijo-me de um mal falar que me fere
e não pretendo reencontrar-te algures no mundo
Sou vento e tempestade, trovão, sétima onda
de um ego mau, desumano, cego de solidão
dispo-me de medos dia a dia e ataco a ternura
encontro sempre a palavra dor em tudo e em todos
trago comigo a desgraça de um ventre sem espaço
Sou lobisomem, louva-a-deus, dragão e bruxa
tenho a pinta no nariz e amedronto com ela
adivinho-te os pensamentos e faço deles nada
tudo porque me dói a perda
tudo por covardia e narcisismo
todos por mim e eu contra tudo e ninguém sou eu.




quarta-feira, maio 19, 2004



Independente da tristeza és-me
 
Afastas-te à velocidade da luz
Mais longe e mais alto
Caminhas adversamente a mim
E não voltas…



terça-feira, maio 18, 2004



todos damos pistas aos outros do que pressentimos ou cremos vagamente para os ajudar...



é um processo natural da amizade.





domingo, maio 16, 2004



Gosto dos fins de tarde nas esplanadas, depois de horas a receber o Sol em mim com um prazer indescrito. Gosto de me dirigir à minha banheira, ligar a água morna, pôr mais fria, deixar correr, despir-me lentamente e entrar devagarinho, encostar-me à parede e deixar que fios e fios de água se debrucem penetrando a minha pele morena. Gosto de passar champô para crianças no meu cabelo e ver a espuma a esvair-se pelo ralo depressa. Gosto do pompom cheio de gel de banho a cheirar a morango, descendo pelas pernas e olhar a areia a ir-se pelo fundo invariavelmente branco da banheira. Gosto de depois pegar numa boa camada de máscara de cabelo e colocar ao de leve. E mais tarde já no fim de mais longos minutos debaixo de um chuveiro morno-tépido-quase-frio já sem sal, areia e espuma, passar uma generosa camada de óleo para corpo e olhar-me. Gosto de me secar e enrolar uma toalha à cabeça, depois de uma tarde de praia com a amizade falada e sentida, dirigir-me ao quarto pôr creme na cara em suprema quantidade, prevenindo o descamamento. Gostava de ti aqui. Gosto de me ir deixar repousar o corpo somente em cima dos lençois e ficar assim a olhar o tecto num longo momento fugidio. Gosto de contigo partilhar este momento escrito e depois ir-me embora deitar, a ouvir "Beethoven - Adagio Sostenuto From 'Moonlight' Sonata". Gostaria de pensar que estás longe e me desejas e vais voltar, só para mim. Deixar o complicado e passar ao demasiadamente simples. Gosto de ti, porque gosto, porque não sei gostar de mais ninguém assim: gostar tanto de ti como gosto de mim, queria-te possuir nestes momentos em mim, mas durmo e não sonho, morro de saudades e não te posso sequer aguardar ou esperar algo de ti e não, não tinhas razões os amigos não fazem com que o tempo passe mais depressa e a tua falta abala-me no mais dentro de mim.




sábado, maio 15, 2004



Urgentemente
Eugénio de Andrade 


É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.




quinta-feira, maio 13, 2004



Um dia vou-te escrever uma palerma carta de amor. Daquelas que lidas noutros contextos são desconexas, perdidas de um objecto definido nada nos fazendo sentir a não ser saudade, ou olhando o ridículo do sentimento descrito.
Do género:
tu és o meu sol e a minha lua, juntos poisamos e levantamos o sol de um novo dia rarefeito.
ou mais simplista:
Contigo sorrio todas as manhãs, no acordar e adormeço feliz imaginando os teus carinhos.
ou pior:
a flor de todas as flores, aquela que para mim olhou e me disse colhe-me, foste tu a que de todo o horizonte fez com que eu a quisesse para minha cuidar.
Depois vêm os intelectuais passados de moda, tal o romantismo lânguido e exasperado:
Através do olhar do teu corpo penetrei o amor, requiem de ternura, espólio de um esqueleto há muito desconhecido, nesse lugar naufraguei e vieste, ao desencontro da roca que finava o fiar da vida. Quiseste-me o ideário possuir e encontrei-te ao virar a esquina de uma solidão profunda, retirada de uma rotina monótona, vazia e também tu abandonada ao largo desembocaste sem palavras, maravilhosamente, no meu desabrochar.
Vá-se lá entender.
Ó por favor! Dai-me inspiração, venham a mim as palavras, incorporem infernos e céus de amores, mas jamais me deixais cair na tentação da carne e de ler textos destes sem sorrir de amor ou de compaixão e sofrimento, não me deixeis indiferente, como sou hoje, soltando linhas de caracteres que a todos tocam na alma apaixonada porém na minha nada treme, nada dizem, nada fazem sentir...
Um dia gostei de cartas de amor...palermas talvez.




Não gosto quando nos zangamos... a minha noite fica castanha.


quarta-feira, maio 12, 2004



Não gosto de ti
tal como não gosto de mim
não me amo e nem te amo
não sinto esta necessidade de ti
não te quero e nem me quero em ti
não venhas até mim
tal como tento sempre não ir até ti.



terça-feira, maio 11, 2004


No regresso encontrei aqueles
que haviam estendido o sedento corpo
sobre infindáveis areias

tinham os gestos lentos das feras amansadas
e o mar iluminava-lhes as máscaras
esculpidas pelo dedo errante da noite

prendiam sóis nos cabelos entrançados
lentamente
moldavam o rosto lívido como um osso
mas estavam vivos quando lhes toquei
depois
a solidão transformou-os de novo em dor
e nenhum quis pernoitar na respiração
do lume

ofereci-lhes mel e ensinei-os a escutar
a flor que murcha no estremecer da luz
levei-os comigo
até onde o perfume insensato de um poema
os transmudou em remota e resignada ausência.



Os Amigos -
Al Berto


segunda-feira, maio 10, 2004


Agora sei, que depois de ti, vai ser muito difícil amar, como te amo.



A verdadeira amizade deveria pautar-se por nunca duvidar da palavra do amigo, por apoiá-lo incondicionalmente, tentando mostrar-lhe o caminho certo sem querer que ele seja o que não é, se o amigo não conseguir dar o ombro, a mão, a vida, ninguém mais poderá sarar feridas, ao não fazê-lo podemos magoá-lo para todo o sempre, irrecuperavelmente.




A metamorfose.

Ser aranha no meu próprio quarto.
Subir a um canto da parede,
na alma e na pele
tocar a lua que desejo.
A metamorfoge



Carlos Veríssimo,

em Preverso o Silêncio



 


domingo, maio 09, 2004


Gosto do que escrevo, do que falo, do que faço entender, gosto de me ouvir dizer coisas bonitas quando não tenho medo, mas por ora não sou capaz...


sábado, maio 08, 2004



A destruição temporária do eu-poético causada pela habitual brutal ressaca de fim-de-semana.
And tonight here we go again over and over again!
Mais uma voltinha no carrossel da vida...



quinta-feira, maio 06, 2004

Ó tu que me conheces, meu amigo, imaginar-me-ias como sou se só me tivesses lido neste blog e nunca me tivesses conhecido na vida?



(frase resultante da audição desta música "Black Hawk Down - Gortoz A Ran - J'Attends")





A cada tentativa de me conhecer a mim mesma menos gosto do que vejo, a cada desintoxicação que faço mais a crua verdade vem ao de cima e mais o lado negro fica de fora, mais me cego, mais me enterro, não sei se mais me descubro.
Ontem acordei a meio da noite a chorar, chorei, voltei-me para o outro lado e adormeci. Sensação estranha esta de acordar, desabafar comigo mesma e acabar retornando a um sono sem sonhos, sem nada. Não creio que seja propensa a depressões, sempre fui caracterizada como forte, no entanto a minha mãe toma anti-depressivos há anos, quase desde o divórcio, já depois de ter voltado a casar, creio que logo a seguir ao meu irmão ter nascido.
Acho que as perguntas que a família nos faz, nem sempre nos ajudam a levantar a cabeça e andar caminho para a frente. A família sempre nos obrigará inconscientemente a olhar para trás, sempre para os nossos fracassos, nunca nos relembrando as nossas vitórias, sublinho, mesmo que sem querer.
A minha mãe, no último fim-de-semana, aquando do dia da mãe, relatava-me uma conversa que a minha avó teve com ela "ela está sozinha por tua culpa, porque nunca a apoiaste na relação mais longa que teve, ela está demasiado marcada com uma relação sem sucesso que teve e o insucesso marcou-lhe a memória para todo o sempre, nunca mais será feliz". Era-me tão fácil acreditar nisto, mas não é verdade, sempre acreditei de todas as vezes que disse ao outro sexo que não quero ter filhos, que iria ser feliz, sempre acreditei que naturalmente me surgiria na vida alguém que gostasse de mim pelo que sou e não pelos filhos lindos que lhe daria.
O que é certo é que relatos de conversas assim trazem-me à memória coisas que já deveriam estar mais que arrumadas e que para mim o estão, mas que não conseguem lá ficar, pela pressão das perguntas, pela exigência de um outro na minha vida que não existe e que nem vai existir enquanto eu não me achar feliz comigo mesma. O que é certo é que mesmo que existisse a minha família não o iria saber, porque eu é que tenho de ser feliz e não tenho de ser feliz porque eles muito o desejam, assim o insucesso da pressão será garantido.
Sempre preferi mil vezes estar sozinha a estar infeliz acompanhada, embora nem sempre tenha agido desta forma, foi sempre uma certeza que tive. Enquanto eu não me acreditar com capacidades para me amar, não vou amar ao próximo.
O ter capacidades de amar o outro nunca esteve em causa, sempre tive facilidade em gostar das pessoas, em fazer delas pessoas felizes, em dar sem receber, não me é importante fazê-lo e nem quero, pois que o que me é difícil é amar-me a mim mesma, ser feliz comigo mesma.
A mulher portuguesa do século XX teve necessidade de mostrar o seu valor pelo tempo máximo que conseguisse - e desculpem-me a expressão - segurar e suportar - um homem em casa. Não desejo fazê-lo, nunca desejei, nunca vou ser assim, mesmo que os meus tutores, progenitores, família e afins creiam que seria o melhor, permitam-me discordar e ser eu mesma, com alguém, ou sem ninguém. Com objectivos meus, preocupada comigo, de modo a que eu, primeiro que tudo e todos, seja feliz.


 


quarta-feira, maio 05, 2004



Estou há meses sozinha e o frenético mexer da minha vida ou da vida dos outros não deixou que me prendesse a ninguém.
Houveram alguéns que não quiseram, houve alguém que não quis.
Houve vezes em que fugi,
outras em que de mim fugiram.
Houve mágoas, dor por companhia e algum sentimento, estive lá a tentar, eu. Mas hoje estou cansada, não mais tentarei tanto, tão cedo, tão profundamente, tão apaixonadamente, tão feroz e afastadamente, tão escorridiamente,
tão medrosamente,
tão fugazmente.
Não vou deixar que me tente o que quer que seja, nada nem ninguém dos que já são próximos, deixarei aproximar e toda a minha arrogância e prepotência virão ao de cima e calarão qualquer tua esperança de sequer me dizer
"Olá".




Toda a realidade tem um pouco de ficção, nem toda a ficção tem tudo da realidade.


terça-feira, maio 04, 2004



Já tinha ouvido muitas vezes a frase "nunca serás verdadeiramente feliz se não conheceres a infelicidade primeiro"...


segunda-feira, maio 03, 2004



Carlos, não sei se te deveria dizer isto, tu que estás aí no céu, não sei se o soubeste, se o sabíamos ou se só eu o sabia, não sei se a minha família se soubesse, algum dia me perdoaria, não por ter sido uma coisa grave, não era, era mais que infantil, era pura e era só de mim para ti, creio, para mais ninguém foste igualável, foste o primeiro, foste o meu primeiro grande e doloroso amor, por ser de tal modo completo que só poderia ser sonhado o palpável disso mesmo, um doloroso amor, nada de conseguido, nada de tocado, ou pelo menos de nenhum modo impuro que entre familiares não fosse comum e até suspeito por serem um pouco afastados, carinhos leves.
Fui até certa idade a tua preferida, a única de todas as primas a que olhavas como a primeira, só que eu era somente pouco mais velha que a tua filha e seria pecado se demonstrasses algo de diferente, o mais robusto e abraçável de sempre, daqueles abraços que só damos a quem amamos e onde conseguimos ser verdadeiramente felizes e não aquele sorriso que sabemos momentâneo - eu era a tua prima mais nova, muito morena pequenina, de olhos grandes atentos e sempre muito abertos, risonhos, o Carlos, um moreno de barba quase completa à intelectual de setentas, um homem de 28 anos ou mais, uns olhos azuis incomodativos, que me entravam adentro alma sem que eu quisesse deixar, sem pedir licença, sem nada dos meus pensamentos conseguir esconder, horrível, perfurante, bom, inimaginável, compreensivo e afável, no entanto demasiadamente perigoso, a paixão do beijo na face, um longo caminho às tuas cambalhotas, um queixo quadrado uma pele marinheira, um sinal entre a barba, uns lábios médios mas mais grossos que o normal. Uns binóculos de alta qualidade do meu avô que partilhávamos sossegados em segredo na varanda de Évora noite após noite alongando-nos a estudar o céu.
Quando me conheceste ainda não namoravas, nenhum de nós tinha ainda idade, éramos bebés acho, brincávamos na aranha e corríamos um atrás do outro, no entanto chegou a altura de tropeçar e cairmos redondos no chão sem querer, um em cima do outro, sôfregos, e aí, começámos a afastar-nos, por medo do susto que era automaticamente sentir. Estranho!
Carlos, morreste há dois anos, mais ou menos, demasiadamente novo, dos poucos funerais onde chorei e vi gente realmente triste, que não costuma chorar nos nossos outros funerais, creio e, hoje continuo a assinalar-te como o meu primeiro grande e doloroso amor. Talvez somente uma referência para outras dores futuras, ou uma primeira dor de um azul impossível, não sei.
MAR
2.5.2004



domingo, maio 02, 2004



Não sou infeliz e nem conheço ninguém infeliz, dou-me com pessoas que ao seu modo muito próprio não estão felizes na estrada da vida, ou estão tristes, caminhando sem saber destino. Não me lembro de algum dia ter conhecido alguém infeliz e esta diferença feita por mim entre infeliz e triste tem a ver com o seu carácter mais ou menos permanente na vida de cada um.
Hoje penso que os tristes embora hajam para a vida como a dor agiu neles, não querendo sofrer e sendo egoístas ao ponto de se necessário para não se magoarem, magoarem outros e assim se auto-magoarem, mas um/a infeliz terá tanta mais pena de si próprio que deixou de tentar andar com os dois pés num caminho que não acredita ter luz ao fundo.
Mas somos todos imperfeitos, com uma marca diferente do comum das pessoas que descansadamente se diverte por aí, sorrindo descontraidamente e feliz.
Há em quase todos a falha de um amor, perdido, ausente, cortante, ou mesmo traído.
Há uma descrença no eterno, para o infinito, na confiança num futuro longínquo.
Há confusos e múltiplos eu interiores que discutem entre si sobre qual deles estará certo, pensando e repensando um passado que já de nada vale.
Há uma meia aposta em si mesmo e nenhuma aposta no sexo oposto, por nunca poder ser a quinhentos por cento.
Há uma sede sexual em detrimento de uma natural e crescente paixão passível de desembocar em amor.
Há uma desconfiança à partida do que o outro pode querer de nós e do que nós não podemos esperar de outro.
Há uma vivência com base no dia-a-dia e não no olhar posto algures para lá de hoje.
Há um pé atrás que não permite ir mais além no que se diz a quem por ventura gostamos.
Há uma incapacidade de estar para ficar sendo que o caminho fica sempre paralelo e não se pretende fazer secantes a uma vida que não a própria.
Há uma dificuldade em dormir de consciência tranquila, um ver que já não cremos no mundo, nos seus propósitos mais belos, na paz, na alegria ou na partilha.
Há uma notória incapacidade de se ficar sóbrio e os refúgios alucinantes são algo sempre presente.
Há um fugir para lado nenhum deixando ao abandono quem quer que se aproxime e que se quiser terá de lutar sozinho e sem nenhuma dica de esperança por nós.
Há uma necessidade de "mal tratar" para que desistam de nós e não queiram não ter medo de nos experimentar.
Há uma concha que se fecha constantemente como a conquilha que cada vez se tenta esconder e enterrar para não ser apanhada.
Há um pensamento muito mais complexo nas relações e uma entrega maior na amizade aos ditos verdadeiros amigos.
Há uma eminente vontade de partir para lado nenhum, mesmo sabendo que muito provavelmente vamos sempre ficar no mesmo sítio.
Há um desinteresse total em conhecer para além do supérfluo o objecto de um interesse que não queremos averiguar como se aprofunda.
Há um não estar bem em lado nenhum e nem querer conhecer verdadeiramente o outro e mesmo dar-nos a conhecer verdadeiramente aos outros, pois que teríamos de mostrar fraquezas, defeitos e coisas bonitas.
Há um não acordar em lado nenhum que não na própria cama, nem que tenhamos de sair à pressa de um qualquer lado e caminhar afastando-nos para casa, a nossa.
Há uma saudade de um ti que não existe, mas que sabemos imperfeito, de um nós que conhecemos e que não é nunca sem máscara oferecido.
Há um pequeno remoinho que remói cá dentro, dando voltas e voltas em círculos confusos que vai recortando entranhas, destruindo e construindo a teia de novo fechando todas as entradas.
Há um aviso permanente de perigo, de não venhas por aqui e nem estejas a olhar para a minha beleza que nunca vai ser tua.



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