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quarta-feira, setembro 29, 2004


Sabes que os planos de nada servem?
Sabes que a vida é feita de partidas e..mais importante ainda, também de chegadas?
Sabes que não tem que haver negas definitivas?
Sabes que a esperança não se perde?
Sabes que a felicidade é grande demais para a reduzires a uma simples associação amorosa? Sabes que há inúmeras formas de amor e, consequentemente, de amar? Sabes que renegar os momentos felizes te castra uma dita felicidade no sentido mais amplo?
Sabes quando não te esforças o suficiente para encontrar o sonho dentro de ti? E sabes porque não fazes? Sabes que nos cruzamentos há vários caminhos? E que podes optar por todos eles, mesmo sem terem sido a tua 1ª escolha? Sabes que os desejos básicos e a sua satisfação faz com que tudo tenha sentido, se não começares com eles não atinges os restantes: os ditos mais complexos?
Sabes que o dia a dia de um caso amoroso o pode tornar num futuro? Sabes que o início dos casos amorosos por muito inconsequente que seja, é-lhe impossível ser atribuído um futuro? Sabes que pensar no futuro de algo que começas castra o crescimento e esse desejo de futuro te impede de sentir o presente? Sabes que a Paixão dói? Sabes que tens força para ultrapassar o conformismo? Sabes que tens a capacidade de te renovar? Sabes? Calculo que saibas...
Sabes quando te entusiasmas a escrever e perdes a noção? Sabes quando o pessimismo te satura? Pois foi o que me aconteceu, além de que esta coisa tem um limite de letras , daí ter dividido o texto e esquecido de me identificar.
O gajo que ainda não sabe dos bilhetes do Cats! Sabes?
 


Por me terem sido colocadas algumas perguntas de retórica, se as quiser ver assim, achei como de outras vezes que poderia responder-lhes com um post, portanto o acima questionado, terá abaixo as pseudo-respostas. Cá vai:


Sei que os planos de nada servem, mas todos sonhamos com alguma coisa.
Sei que a vida é feita de partidas e chegadas e que as chegadas são muito mais importantes e quando a vida a partir de dada altura te dá mais partidas que chegadas?
Sei que na vida nada é definitivo e se parecer tudo definitivo?
Sei que a esperança não se perde se tiveres sempre a coragem de ir lá e ver o que é que dá.
Nunca reduzi a felicidade ao seu cunhão amoroso, sei que nos campos adjacentes a esse tenho tido alguma sorte.
Sei que há diversas formas de amar e sei também que cada uma te completa de uma dada forma.
Nunca reneguei os momentos felizes, só reflecti num campo da felicidade e era desse que falava.
Não sei porque não me esforço em encontrar o sonho dentro de mim e o porque de já não o fazer vai ser analisado a seu tempo.
Sei que na vida não deveriam existir os tais cruzamentos.
Os desejos básicos não são o que tudo principia. Sei que os mais complexos não têm que ser atingidos a partir dos básicos.
Para que o dia-a-dia de um caso amoroso seja não sei o quê num futuro, próximo ou distante, tem de haver dia-a-dia.
Não atribuo hipotéticos futuros a casos amorosos. Mas, sei o que quero da vida nesse âmbito.
Não sabia que o futuro castrava o presente, sempre pensei que o passado fosse mais castrador.
Se sei que a paixão dói? ui ui
Se não tivesse força para ultrapassar o conformismo não seria quem sou hoje, mas há conformismos que exigem de ti no dia-a-dia e que me cansam as forças de lutar contra.
A capacidade de me renovar tem sido demasiadamente utilizada e por vezes sinto que esgotei essa capacidade.
Perco sempre a noção quando começo a escrever.
O pessimismo pode saturar-me tanto quanto o optimismo.
Sei quem és e sei onde moras :)
Beijo.


segunda-feira, setembro 27, 2004



Quase tudo o que quero
nunca vem, nunca há
nunca tenho.


sábado, setembro 25, 2004


Passei a pessimista por vicissitudes da vida

Sabes quando no teu plano - cuidadosamente sonhado - nada se proporcionou?
Quando o homem que amavas partiu?
E quando o que querias para pai negaste?
Quando perdemos a esperança de ser amados?
E por isso as tuas hipóteses de vires a ser feliz serão muito reduzidas?
E quando a capacidade de sonhar já não está lá?
E quando te lembras exactamente em que cruzamento desta vida perdeste essa esperança?
Saber a hora e os minutos em que passaste a mal menor e coisas menores não te preocupam, reduzindo os desejos do que se pode ter ao básico e ao essencial?
Onde os casos amorosos sem futuro são o que pensas ser o teu dia-a-dia?
E a paixão é um horizonte longínquo e demasiado luxuoso por acabar sempre por doer?
Pior, acabas por aceitar tudo isso. Sabes?


 


sexta-feira, setembro 24, 2004



Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só

Eu Vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar



Cada Lugar Teu

Mafalda Veiga




quinta-feira, setembro 23, 2004



Não vou desta feita levar a vida num alento leve
qual sacola de praia de conchas, baldes e pás
Não estarei de braços abertos
ainda zangada, nem revoltada
talvez somente um pouco enfurecida
pelos velhos tempos
pela demorada espera
neste longo fim de adolescência perdida
Não vou desta feita sem saber
procurar o caminho certo
por nesta vida me ter sido destinado
e onde finco pé e não arredo, não, não quero sofrer.



quarta-feira, setembro 22, 2004


Queria ter-te na coragem lancinante a latejares-me cá dentro.


terça-feira, setembro 21, 2004


Nada de especial ou nenhuma psicanálise apurada



Tenho medo de te magoar como em pequenina tinha medo do escuro. Porque eu magoo-o sempre as outras pessoas, mais aquelas que gostam especialmente de mim. Eu não presto, porque eu não estou de bem com o mundo. Ou, talvez, porque o escuro ainda não saiu da minha vida.


domingo, setembro 19, 2004



Desculpem o desabafo

Desde sexta-feira que não como.
Entre medições de febre de oito em oito horas. De ignóbeis esforços para engolir um comprimido que me iria deixar voltar a ver o mundo novamente por detrás das persianas e com cores.
Ontem era o milagre se respirasse.
Hoje deu-se a pequena vitória - já "como" líquidos.
E disto se faz a vida, de derrotas e vitórias.
Sabes nunca tive medo de morrer, mas isto de se saber que se está a ficar pior por nossa culpa ou por culpa da imbecil da colega que não lhe deu logo o antibiótico apesar de me estar a relatar, quase sem voz ou em sílabas pouco perceptíveis e muito enroladas, de que alertou a doutora (a outra) de que o seu metabolismo não necessitava daqueles três dias de xaropes e mesinhas caseiras, pois que já quase que perdera uma trompa ou perdera mesmo (porque nunca se quis averiguar) à pala de achar que não era possível a sua infecção que no geral evoluiria em 3 a 5 dias, para estas bandas a mesma infecção demoraria 3 a 5 horas a chegar ao seu ponto quase mortífero para a zona afectada e consequente abalo do resto do corpo.
Odeio médicos que não acreditam nos pacientes.
Que raio, ninguém gosta de ir perder quatro horas ao Centro de Saúde da sua área de residência, se o faz, ou é louco ou é porque de facto não se está a sentir bem ou achará aquela espécie que o gozo das piquices ou sabe-se lá o quê é o que nos leva a todos a lhes depositar a vida nas mãos?
Mas enquanto ainda está a tentar descobrir com que peripécias levou o carro até aquele hediondo sítio, aparece-lhe depois muitooooooooooo depois, pela frente a mais cínica das cínicas doutoras que fica chocada por a paciente ter um termómetro digital consigo na mala, desculpe lá ter médicos na família, tá??? Ou passou a rotular-me de pequena burguesa por isso?
E depois de perguntar
- Então e doenças crónicas tem?
- Sem ser a colite, nenhuma.
- Ah e então e que tipo de colite?
- Sei lá! Já lhe deram tantos nomes que agora não me ocorre.
(...)
- Doutora Alexandra preciso de uma justificação médica para o dia de hoje se faz favor.
- Peça lá fora que lha dão.
(...)
Lá fora.
- Preciso de uma justificação médica.
- Concerteza, ora são 19h vou-lha passar até às 19h30.
- Oiça, eu sei que não tem culpa, mas eu trabalho até às 23h e essa justificação não me vai servir. E acha que estou em condições para ir trabalhar agora?
Tanta era a raiva que já lhe vinham as lágrimas aos olhos.
Foi para casa, quatro horas mais tarde do que poderia ter sido, deitou-se e desde sexta-feira até hoje conseguiu finalmente beber leite.
E sabem como? Tendo telefonado para a linha de apoio a urgências do seu seguro de saúde e alguém ter tido o bom senso de "ver" e ouvir, ora se ela própria já quase nem percebe o que diz, imaginem eu! Vai na volta deve estar mesmo maleitazita.
Odeio médicos que não o da minha família, são arrogantes, tratam-nos mal, acham que somos todos analfabetos, desmerecedores do seu respeito explicativo do que temos e só com muita sorte é que não nos matam de uma merdice de uma infecção bacteriana na garganta. Por favor!
E será que a administração regional de saúde faria alguma coisa se soubesse de um episódio assim igual a tantos outros a que tenho assistido, infelizmente, ao longo da minha ainda curta vida? Ou tudo isto será também para eles curriqueiro, a não ser que, claro, morra alguém cuja família decida fazer barulho?
Desculpem o desabafo.



quinta-feira, setembro 16, 2004


Há uns anos que estou a tentar matar a alma, para ver se ela ressuscita. E quem sabe eu conseguirei então talvez ser feliz.


quarta-feira, setembro 15, 2004



Entre eu e tu
um templo rarefeito de querer
Apareces-me não sei de onde
sempre a roubares-me o sono
Entre mim e ti
Há a espera do dia que chegue à noite
e nos leve embora ao espaço sideral
num sinal de ninguém, nem coisa alguma
numa quase vã espera e inquieta
Entre nós
um puro desejo
uma vontade
luz feita escuridão.


terça-feira, setembro 14, 2004


Derrete-me em ti ao fim da tarde.



domingo, setembro 12, 2004


Se tudo pode acontecer... se pode acontecer qualquer coisa,
Um deserto florescer, uma nuvem cheia não chover...
Pode alguém aparecer e acontecer de ser você...
Um cometa vir ao chão, um relâmpago na escuridão.

E a gente caminhando de mãos dadas de qualquer maneira...
Eu quero que esse momento dure a vida inteira...
E além da vida ainda de manhã no outro dia,
Se for eu e você, se assim acontecer.

E a gente caminhando de mãos dadas de qualquer maneira...
Eu quero que esse momento dure a vida inteira...
E além da vida ainda de manhã no outro dia,
Se for eu e você, se assim acontecer.

Adriana Calcanhoto
Se tudo pode acontecer


quinta-feira, setembro 09, 2004



Queria muito saber esta resposta:
será que as pessoas cujo coração bateu mais vezes, mais forte, viverão mais tempo e mais felizes, que as pessoas cuja vida se pautou pela paz e pela calma, sem grandes sobressaltos, sem grandes dores ou extremas alegrias, serão pessoas menores ou menos felizes?
Será que algum cardiologista ou psiquiatra saberia responder?
Ou o senso comum e o bom senso ditam que nada tem a ver?



quarta-feira, setembro 08, 2004



Um dia estive disposta a amar,
sim, um dia
sem silêncio, ou coisa nenhuma
só tu,
e eu
olhos nos olhos
uma boca pedinte da outra
sim, um dia...



segunda-feira, setembro 06, 2004



Fazes-me falta quando não me vens à noite
E não me esperas na esquina dos dias solarengos
Sinto a saudade da tua ausência porque me dói
E desejo que me estejas quando não te encontro
Este sentir é forte e não sei de onde me nasce
Nem mesmo o quero em mim numa luta desuna
Vencida a derradeira dúvida ficaram-me as mãos vazias
Ida a última incerteza dei por mim nesta inquietação
Mas de ti não sai nem a última palavra que me derrube
E de ti não sei
Fazes-me falta por te querer
E te querer
E te querer
E não me saber assim em ti.



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