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quinta-feira, dezembro 30, 2004



Desejos pirosos para um dois mil e cinco em grande:

Desejo que todos os meus amigos sejam mais felizes.
Que não aconteça nenhuma catástrofe no meu país
Que o meu país evolua no bom sentido de prover aos cidadãos condições menos desfavoráveis comparativamente à actualidade
Muita saúde a todos os que me são próximos
e que concretizem um sonho importante.
Eu, envio um sorriso e um grande beijo do coração
e até para o ano.



quarta-feira, dezembro 29, 2004

A uma pessoa amiga,

 vou ter de te dizer isto porque... Agora é que me enervaste. Mas lá tenho medo da morte?
Tu afastas-te das pessoas, de mim, de outras pessoas concerteza, mesmo que não no presencial físico que lhes dás, mas espiritualmente foste a algum lugar que consideras só teu e do qual não abdicas, não emprestas, não permites que ninguém entre.
É claro que isso nas pessoas, nos outros, causa estranheza, dor, preocupação e saudade.
É claro que quem gosta de ti tem medo de te perder.
Tu não terias medo de perder alguém que amas, mesmo que zangada, mesmo que ausente, mesmo que não soubesses depois na prática o que dizer? Porque essa é a única dificuldade, o que se diz a alguém de quem gostamos e que padece de uma doença que pode ou não resultar na morte? O que se diz em funerais? O que se diz a um pai que acabou de ver o seu filho nascer? O que se diz a uma amiga que nos toca à campainha a meio da noite e que após vários anos de violência doméstica, chora porque ele a deixou?
O que se diz à nossa mãe se estivermos presentes na hora da sua morte?
Entende uma coisa de uma vez por todas, quem está, está, quem não está, estivesse. E daqui não retires elações de - já não gosta de mim - porque nada tem a ver, tem a ver sim, com - se estivesses por cá tinha-me sabido tão bem!
Entende outra, ao afastares-te de alguns de nós, só a ti te privas, porque os outros respeitam e ligam aos amigos comuns a saber como estás, porque tu dizes que ligarás um dia destes e, respeitamos e, respeitamos e continuaremos a respeitar e, "cadê" o telefonema? Não há.
E quem goste de ti respeita a necessidade da tua ausência, porque TU precisas dela.
Eu por exemplo choro sozinha e não permito que me vejam chorar. E nem permito que quando me estou a esvair em sangue das múltiplas hemorragias mensais que tenho (e nada de entrar em preocupações para cima de mim que lido muito mal com isso - já sabes como sou), que me ajudem, vejam, cheguem perto, mas admito que para mim isso é inadmissível e desculpem lá, mas eu sei e ainda consigo tratar de mim melhor que ninguém e enquanto isso for verdade e eu tiver forças, vontade, saúde, não permitirei que o visualizem. Talvez seja um defeito meu.
Eu não tenho medo da minha morte ou da de outros, mesmo que os ame muito. Sofrerei, porque cumprirei o ciclo da vida também aí, na dor de sentir as mortes de quem amo. Ninguém o deseja, todos fogem a esse pensamento. Porque todos são egoístas ao ponto de quererem que amores, amigos e alguma família padeçam de uma qualquer forma da imortalidade.
Só temos medo da nossa própria morte se acharmos que o que vivemos não nos chega.
Citação do blog "Sou das que penso que se para seres feliz tens de te matar, então mata-te e não cedas ao meu egoísmo."

 Beijos.
 p.s. - desculpa a crueza ou brutalidade, se te feriu.


terça-feira, dezembro 28, 2004

- James




You and me
Play this song, the vision
Hope to make this love stretch forever
Don't let go in this now or never
Hope there's change enough to say...

Hello
It's over
Hello
It's over
Hello
It's over

Hello

You must say what you're thinking
I'm no mind reader of the stars
We won't get any older
It's so fleeting
I am lost when I'm torn from your heart

Hello
It's over
Hello
It's over
Hello
Hello

Somebody dreams a brave new world
I'm forbidden to breathe its pearl
Late summer evening
Late summer scene
Come together to make this dream

Hello
It's over
Hello
It's over
Hello
Hello
It's over

All but the sea
All but the sea


Hello


segunda-feira, dezembro 27, 2004


Afinal o frio deste Natal em nada mudou esta crença de te amar.


terça-feira, dezembro 21, 2004


os minutos parecem horas e as
horas parecem dias
e os dias anoitecem depressa
e as noites custam-me a passar
então
escrevo
é isso que eu faço.


segunda-feira, dezembro 20, 2004


Gostava de te ler as linhas das mãos e da vida, porque és sábio e eu sou nada.


sábado, dezembro 18, 2004


Hoje não me acho bonita


sexta-feira, dezembro 17, 2004


Como é que eu te hei-de dizer isto:
.
.
.
lamento
.
.
.
mas
.
.
.
já não te amo!


quarta-feira, dezembro 15, 2004


Desacreditem-me mas deixem-me viver a vida.

Embora um dia costumasse gostar de testar alguns limites ou ter algumas experiências consideradas menos ortodoxas, envolvendo riscos ao nível da integridade física, as opções que me levaram a não explorá-los prendem-se supostamente numa base psiquiátrica rasca, ou demasiado lata de que decidi então prender-me à vida, não fui covarde, nem adiei experiências, não me protegi momentaneamente, etc.
Se a vontade, a coragem, ou o malevolamente maquinando fosse avante, tornar-me-ia cedo naquilo que todos queremos, desejamos, lutamos e trabalhamos para, que não é senão um final de vida pacífico, terno, completo e profundamente vivido, consequentemente a definição de uma pós-reforma bem aproveitada. Só que aí a vista já não ajudará e nem os ossos, ou a qualidade com que se respira, não há energia, capacidade física ou, mental.
No entanto há uma imagem utópica que desejaria nesse mundo de tudo-caos-mas-tudo-óptimo. Numa teoria de está tudo tão mau que quem o fizesse seria o ser supra-sumo-da-inteligência à face da terra. Se um dia não houvesse volta a dar e quisesse superar a maioria, tornar-me-ia num ser de dotes de esquizofrenia. Pobre coitada, aos olhos de todos, viveria à custa de uma família-estado, encostar-me todas as tardes ao varandim a ler um bom livro da biblioteca de uma clínica de saúde mental, dormiria sem dívidas, responsabilidades, papeis sociais ou decepções.



terça-feira, dezembro 14, 2004



Gostava de sair de cá.
Porque o país que temos já não é o país que queremos, do qual nos orgulhávamos, com séculos de tradição.
Não gostava de fugir de cá. Não fujo aos problemas em geral.
Sempre ouvi dizer que se mais nada há a aprender onde estamos, devemos ir à descoberta de novos mundos e depois voltar, na saudade de melhorar um país que queremos, calmo, perspicaz, orgulhoso, com ambições, inteligente e inteligível, cuidado e feliz.
Hoje temos um país turbulento, avassalado, sofrido, em crise económica e de valores, prestes a dar o passo em que se pagam luvas para ter a carta de condução. Um país desconfiado, sem mentes jovens brilhantes valorizadas cá dentro, sem mínimos referenciais exigíveis de uma vivência comum a todos.
Gostava de sair de cá para voltar, com o único objectivo de ver novas gentes, de saber como se vive lá fora, em países em que porta sim, porta sim, se respeita, se vive com qualidade, se recicla, se acultura pacificamente, onde os impostos e retenções afins ao estado se espelham directamente na vida da classe média. Onde a política suja não é premiada com protagonismo em jornais nacionais.
Para um país em que as mulheres consigam ir ao teatro, cuidar de si, trabalhar em igualdade de proveitos. Onde os cidadãos saibam os seus direitos e cumpram com os seus deveres sem pensares de como indevidamente fugir às obrigações tuteladas pelo estado soberano e onde este protege quem o subsidia a mais custo.
Ir e mostrar que nós Portugueses somos rectos de valores e sentimentos, somos gente de valor e que a nossa força humana não é só uma populaça que se encharca na tasca do Zé ao início da tarde por estarmos infelizes com a nossa reforma de trinta e três contos, digo de trezentos e quinze euros, mais cêntimo, menos cêntimo.
Desejo muito ir e muito voltar e afinal ainda não fui e nem voltei.
Gostava de sair de cá e mostrar lá fora o quanto gosto deste meu país.


segunda-feira, dezembro 13, 2004



Aprendi o mar num passado que me persegue
onde nenhum amor me foi traçado
e nem algum destino se avizinha



domingo, dezembro 12, 2004



Serra da Estrela. Fim de Semana. Parte um e talvez única.
Qual Natal, qual carapuça. Havia neve fresca e fofa que chegasse para todos os olhos, mãos e sentidos puderem nela fomentar a amizade.




quinta-feira, dezembro 09, 2004


Perry Blake
The Hunchback of San Francisco


Morning has broken the silence of night
Now you'll have to use kindness to fight
It's just like asbestos, it sticks to your skin
it burns within

Luck is a hunchback, travelling light
With rags and transistors to hold up the sky
Drink to the hearts that San Francisco stole
But drink slow

'Cause I'm a lonely Man
And you're a lonely Girl
And it's a lonely world

If you make Vegas, leave on the lights
I want to see your expression change
Hatred will take you to unknown heights
Drink slow

'Cause I'm a lonely Man
And you're a lonely Girl
And it's a lonely world


quarta-feira, dezembro 08, 2004



Ó avô lembras-te quando eu me pendurava debruçada quase a cair do terceiro andar por umas escadas de mármore e feliz?
Lembro-me de já por essa idade gostar de um certo perigo nas emoções.
Lembras-te de como eram felizes as tuas chegadas para o almoço, de correr a dar-te aquele enorme abraço?
Mas podias tantas vezes ter morrido. Lembras-te quando tiveste o enfarte bem à minha frente e de eu não entrar em pânico e de ter friamente exercitado em ti os primeiros socorros que atentamente tinha estado a aprender? Podia tantas vezes ter morrido, por querer voar, para ti, para alguém ou para ninguém, porque sempre quis e tive medo e por aquela viagem do primeiro andar ao rés-do-chão, me ter sabido a tão pouco, por ter sido inesquecível e quase irrepetível. A não ser que um dia tenha a coragem de saltar do avião ou, quem sabe de um edifício alto na periferia. Quem sabe?
Mas, até hoje nunca o fiz. Ainda não corri o risco de estar quase quase a morrer. Só me lembro de ter o queixo e a goela abertos e de me levantar do chão para rapidamente trepar pela varanda acima e correr direita ao espelho de casa da Ana, que coitada estava branca como a calda, mesmo que negra de raça e depois de satisfeita ver que tudo se resolveria com uma simples agulha na mão do cirurgião estético mais próximo, esperar que a mami chegasse a casa, ter o trabalho de acalmá-la, pois que tanto sangue era só o resultado de uma aventura da primeira adolescência e a mami só gritava estérica de aflição e eu calma e fria como sempre disse-lhe para se acalmar que ela tinha que me conduzir até ao hospital e lá me obedeceu como pôde, mais ou menos calma por fora e com os nervos em franja por dentro. Coitada da mami.
O pior de tudo é saber que o meu gosto pelo perigo só aparece por detrás da calma aparente de frente a muito raros amigos e demasiadas raras vezes do que as que eu desejo e me levam a cometer laivos escondidos e mortificados de loucura.
O pacto de sangue aos dezassete anos, as primeiras corridas de motos e, mais tarde, de carros, o gosto pela velocidade nas loucuras da noite, a independência pequena burguesa de alto risco, os oitenta e quatro kilómetros da A1 em vinte e dois minutos.
A presença aos dezoito em inúmeras casas de putas lisboetas numa mesma noite com cinco estudantes universitários que tinha conhecido há uma hora atrás num terra a mais de setenta kilómetros, numa de curiosidade mórbida e perigosa da qual tive de desaparecer, senão daí a pouco seria eu a confundida, sem saber como voltar para casa.
O não ter deixado a mania de parar para escrever em quatro piscas poucos metros depois da curva à espera que me batam por detrás, mas o nunca ter acontecido é que é estranho, parece que por mais que eu ande lá a rondar o perigo, ele me responde com uma negativa, não personificando em bom ou mau, louco ou são, cruel ou negativo.
O gosto pelo que representa o perigo e o resto a ele adjacente, mas a estagnação acaba por ser o que é o meu presente, talvez venha a sobreviver por não testar nunca os meus limites ao máximo, por os meus limites não serem os dos normais comuns e ir mais além, deixando-me andar, vivendo segundo as regras instituídas e talvez assim, deixando algumas alegrias por viver pelo caminho.
Vês como estou calma, numa vida sensabor e insulsa, por gostar de ti, graças a mim (a deus?) fiquei viva, por gostar de ti avô, de mim, de ti e por talvez gostar de mim, não sei.
Ó avô lembras-te quando eu pelos meus seis anos me pendurava debruçada quase a cair do terceiro andar por umas escadas de mármore e feliz?


segunda-feira, dezembro 06, 2004


Acordado? Hoje apeteceu-me tê-lo sóbria.
Talvez porque gosto dos meus lençóis amarrotados por nós e goste do teu cuidado.
Quem sabe se qualquer dia o roubo a meio da tarde à rotina e trago-o a este quarto-caos e se gostar da música podemos desarrumar-nos ainda mais, um no outro.
Hoje apeteceu-me tê-lo sóbria, desembrulhada, sua, nua e o resto.


sábado, dezembro 04, 2004



continuas a ser um amor perdido de há muitos anos. tenho este sentimento em mim... desacreditado.


sexta-feira, dezembro 03, 2004



Encho de palavras páginas
E folha a folha apareces
Vens de manso e pé ante pé
Estragas-me as memórias com crostas levantadas
Reviras-me o presente com o passado
Queres e desejas sempre voltar
Disse-te adeus para sempre lá atrás
e senti-o acredita, no fundo do amor da pele
Despedi-me, não regresses mais
Peço-te porque quero estar em paz
Mesmo que sem ninguém
Espero ansiosamente o dia
aquele em que já não me apareces
Nem em memórias na distância
nem um rosto, nem uma palavra
Em nenhum recanto ou canção
Sem alguma voz prostrada
Não venhas, nem voltes, não regresses, nem retornes
Esquece-me
Porque assim não há partidas
e nem nenhum adeus.


quarta-feira, dezembro 01, 2004


Saudades de te ouvir o silêncio, saudades de me quereres aconchegar em ti.


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